quinta-feira, 14 de abril de 2011

Mantra:vocalização de sons e ultra-sons

A execução de mantras pode desencadear os mais diversos resultados no praticante. Um dos resultados é a concentração obtida e subsequente estado de meditação.
A vocalização do mantra permite desenvolver e estimular pontos energéticos existentes ao longo do nosso corpo (designados de chakras) e despertar a [i]kundaliní.
Na prática do SwáSthya constituí a terceira parte do [ii]ády ashtánga sádhana. Inserido nessa sequência de técnicas, os mantras vão visar a desobstrução das nádís, que são os meridianos ou canais por onde o prána circula. Náda em sânscrito significa som, no feminino nádí. Interessante esta relação, uma vez que a passagem da bioenergia gera reverberação, bem como podemos actuar nesses canais com sons e ultra-sons. Na maior parte das pessoas, as nádís estão obstruídas por maus costumes alimentares, além de emoções pesadas que dão origem a uma variedade de sentimentos inferiores, pesados e viscosos.
São vários os resultados desencadeados pela vocalização dos mantras: serenar ou energizar, adormecer ou despertar, aumentar o fôlego e a coordenação respiratória, educar a dicção, aprimorar a caligrafia e compreensão do sânscrito, melhorar a saúde.
Apesar de ser interessante todo este conjunto de resultados, o mais importante é vivenciar a técnica do mantra, deixando desabrochar de forma intensa, assim como as demais ferramentas presentes na nossa cultura – com a mesma vontade que move um artista, o qual simplesmente sente necessidade de se expressar.
Texto escrito com base no livro:
O Poder do Mantra dos instrutores Ricardo Mello e Caio Mello



[i] Kundaliní é uma energia física, de natureza neurológica e manifestação sexual. O termo é feminino, deve ser sempre acentuado e com pronúncia longa no í final. Significa serpentina, aquela que tem a forma de uma serpente. De facto, a sua aparência é a de uma energia ígnea, enroscada três vezes e meia dentro do múládhára chakra, o centro de força situado próximo à base da coluna e aos órgãos genitais. É tão poderosa que o hinduísmo a considera uma deusa, a Mãe divina, a Shaktí Universal.

[ii]Uma das principais características do SwáSthya é o ashtánga sádhana. Ashtánga sádhana significa prática em oito partes (ashta = oito; anga = parte; sádhana = prática). O primeiro nível, para aqueles que já ingressaram à prática do SwáSthya, é o ády ashtánga sádhana (adi/ády = primeiro, fundamental), o qual é constituído pelas oito partes seguintes: mudrá, pújá, mantra, pránáyáma, kriyá, ásana, yôganidrá, samyama.

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